quinta-feira, 6 de março de 2008

Darkson

No fim do mundo é sempre noite e há somente uma rua, iluminada de amarelo. Na rua, um velho carregando nas costas uma cadeira por toda eternidade em seu passo curto. Ao seu redor, zumbis do Romero se acotovelam sob uma placa onde se lê "Ateliê de Beleza".
Lá não há pudores em se dispensar as cinzas, a bituca e tudo quanto for resíduo de cigarro no chão imundo.
Sim, eu estive lá. Garanto minha passagem de volta comprando-a diretamente das mãos de um atendente de nome Darkson. A ele não preciso mais informar meus destino e horário: tem sido assim às segundas, terças, quartas e sextas.

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