domingo, 29 de junho de 2008

Marina Abramovic: Transitory Object for Human Use

retirado de : http://www.britocimino.com.br

25 de junho a 2 de agosto
terça a sexta-feira, das 10h às 19h
sábados, das 11h às 17h
entrada gratuita


A Galeria Brito Cimino abre a exposição Transitory Object for Human UseObjeto Transitório para Uso Humano - da mundialmente aclamada artista plástica, maior representante da performance art, Marina Abramović, que se utilizará da área das 3 salas expositivas da galeria para apresentar suas 12 obras, com instalações e objetos que contam com a participação ativa do público.

O trabalho de Marina Abramović subdivide-se em duas partes: “Corpo do Artista”, em que a performance é executada por ela mesma, e “Corpo Público”, na qual ela pede ao público que participe da performance. As obras por ela concebidas têm participação certa nas mais respeitadas exposições internacionais como Documenta de Kassel, Biennale di Venezia, Centre Georges Pompidou entre outros. Nesta exposição em específico, o público é convidado a ser participante ativo. As instruções relativas a cada objeto estarão disponíveis e a participação depende apenas de ler e seguir as mesmas. Fica a critério de cada visitante o tempo que passará com cada objeto. A expectativa de Marina Abramović é de que o público brasileiro reaja com emotividade e curiosidade características, como ela se recorda de suas visitas anteriores.

Os materiais utilizados na confecção dos objetos que compõem uma mostra, seu processo de escolha, são de suma importância para Marina, que acredita que “o público pode entrar em certos estados mentais com a ajuda do material. O material é muito importante para mim. Uso cristais, cabelo humano, cobre, ferro. Os materiais já têm certa energia". Esta exposição conta com uma infinidade de materiais a serem sentidos e vivenciados, uma vez que a parte ritualística e sua mensagem espiritual são dos componentes mais importantes no participar inteiramente do trabalho.

Esta exposição pertence ao “Corpo Público” das criações da artista. Marina Abramović declara: ”Eu estou interessada em performances que podem parar o tempo. Você está lá, e esquece o tempo - essa é a razão principal”.

Obras:

• Blending-In Coats (jalecos brancos de algodão)
• Time Energizer (estruturas de alumínio com ímãs)
• Soul Operation Table (alumínio, neon, telas de algodão colorido)
• Rejuvenator of the Astral Balance (cadeira, metrônomo)
• Black Dragon (quartzo azul, quartzo rosa, hematita, quartzo verde, quartzo hialino)
• Reprogramming Levitation Module (flores de camomila desidratadas, banheira de cobre, quartzo)
• Waiting Room / Room for Departure (ferro, quartzo negro, lapis-lazúli, quartzo hialino, crisocola)
• Inner Sky (ferro, geodo de ametista)
• Chair for Departure (ferro, ametista)
• Red Dragon (cobre oxidado, quartzo rosa)
• White Dragon (cobre oxidado, obsidiana)
• Mambo at Marienbad (ferro, couro, ímã)

Natural de Belgrado, Iugoslávia, Marina Abramović, desde o início de sua carreira nos anos 70, quando estudou na Academia de Belas Artes, tem sido a pioneira no uso da performance como forma de arte visual. O corpo sempre foi seu tema e sua mídia. Explorando os limites físicos e mentais de seu ser, ela suportou a dor, a exaustão e o perigo, na busca da transformação emocional e espiritual, com performances, som, fotografia, vídeo, escultura. Seu trabalho figura em numerosas coleções públicas e privadas, além de contar com participações nas mais renomadas mostras de arte internacionais.

Tendo atingido o ápice de sua carreira, Marina Abramović é descrita por James Westcott, que prepara sua biografia, como a mais importante performer atual. Seu diferencial, segundo Westcott, é ser parte artista e parte atriz. “Tanto quanto ser uma performer carismática, Marina também possui um apurado senso estético. Ela é uma mestra em criar imagens intensas que irão permanecer por muito mais tempo do que a duração das performances” – declara Westcott.

Em 2010, dois acontecimentos marcantes na vida da artista já estão marcados. O MoMA – Museum of Modern Art – NY, fará uma retrospectiva em homenagem à obra da artista mulher e também será inaugurada, em Hudson, NY, a Abramović Foundation, espaço dedicado a ensinar e preservar a performance art. Sem fins lucrativos, a Abramović Foundation não terá palcos, e sim espaços para performance. Além de ministrar workshops e cursos públicos, a fundação terá biblioteca e programa de bolsas de estudo. As performances são momentâneas, passageiras, de acordo com a artista, mas a Abramović Foundation será a obra que ela deixará como registro no tempo.

“Nós não ensinaremos só os artistas; nós também queremos educar o público.”

sábado, 28 de junho de 2008

Wall-e

(retirado de: http://www.omelete.com.br)
O pequeno autômato apaixonado é Charles Chaplin - no espaço! A paixão cega pela robô Eve, a solidão, o interesse na humanidade, o jeito atrapalhado, os olhos tristes e ao mesmo tempo engraçados, os problemas com as autoridades e até mesmo a mudez (toda a "voz" do robô é composta por pequenos sons criados por Ben Burtt - o lendário designer de sons da série Star Wars) reforçam essa idéia de que esse mega-blockbuster tecnológico é, em essência, uma comédia romântica do cinema mudo.

“FRAGMENTS”, DE PETER BROOK

(retirado de: http://www.dicadeteatro.com.br)


O espetáculo reúne cinco textos do consagrado escritor Samuel Beckett

JULHO/2008 – Nos dias 3, 4, 5 e 6 de julho, o SESC Santana recebe o espetáculo “Fragments”, que reúne quatro pequenas peças do dramaturgo irlandês Samuel Beckett: Rough for Theatre I, Rockaby,Act without words II, Come and Go e o poema Neither.


A direção é de Peter Brook, uma das referências do teatro contemporâneo, com a colaboração de Marie-Hélène Estienne. Brook já trouxe para o Brasil as montagens de “O Terno”, em 2000; “Hamlet”, em 2002 e “Tierno Bokar”, em 2004.

“Fragments” foi criado em francês, em outubro de 2006, no Théâtre dês Bouffes du Nord, de Paris, com a colaboração de Lilo Baur. Em setembro de 2007, foi retomado em inglês com o Young Vic Theatre e permanece em turnê. O elenco que se apresenta na turnê brasileira conta com os atores Hayley Carmichael, Khalifa Natour e Marcello Magni.

A primeira parte da apresentação, Rough for Theatre I, é o encontro de um músico cego e um morador de rua em cadeira de rodas que criam uma relação de dependência mútua; a segunda trama, Rockaby, é sobre uma mulher que escuta a sua voz enquanto se despede da vida, sentada na mesma cadeira em que sua mãe morreu. Act without words II é uma mímica em que dois personagens de temperamentos diferentes dão o tom humorístico à encenação, contrapondo-se ao poema Neither, de tom mais sombrio. Come and Go é a história de três senhoras fofoqueiras que compartilham um segredo.

Os textos, encenados em 55 minutos, têm estilo simples e direto para tocar o espectador de diferentes formas. “No teatro, pessoas de mundos diferentes podem se reunir durante algumas horas. Acredito que algo simples e puro pode tocar profundamente o público”, diz Peter Brook.


Sobre Fragments

Segundo Peter Brook o projeto é uma iniciativa de sua colaboradora Marie-Helene Estienne, que durante anos comentou o fato de que estes textos curtos de Beckett não alcançavam grande sucesso ao serem representados.

Para Brook, eles talvez não cativassem o público porque eram transformados em grandes encenações. Sobre a simplicidade de “Fragments”, ele declarou que “se as pessoas vierem - e isso pode acontecer - esperando ver os mesmos velhos espetáculos de 30 anos atrás, pensando que verão fogos de artifício, vão ficar desapontadas. Vão achar que foram à peça errada”.

Segundo o diretor, é necessário entender que essa encenação não é um show, não é estético - todo o trabalho é puro e simples e os elementos externos à cena não são interessantes. Hoje ele pensa que não sabe mais dirigir grandes produções: ”Eu não sei mais fazer isso. Eu deixei tudo isso de lado. Eu realmente gostava daquilo, mas hoje eu sei que algo simples e puro me toca mais profundamente. E isso é tudo”.

Em relação a Samuel Becklett, Peter Brook diz que “toda a grandeza e a exuberância que percebíamos em Shakespeare se torna algo linear, num tom mais introvertido. Ele é mais econômico que Tchecov. E isso me interessa muito. O meu trabalho já vem de algum tempo se tornando cada vez mais e mais simples. A simplicidade é algo que vai se tornando cada vez mais difícil nestes tempos. Mas hoje eu sei que aquilo que é puro e simples toca o espectador. É nisto que estou interessado. E o teatro de Beckett, para mim, é exatamente assim”.


Peter Brook

Peter Brook nasceu em 1925, em Londres. Quando tinha 20 anos, causou grande polêmica no meio artístico com a montagem da peça “Romeu e Julieta”. Também teve grande destaque em outros gêneros como Cinema e Ópera.

Em 1971, Brook fundou, em Paris, o Centro Internacional de Pesquisa Teatral (Centre International de Recherche Théâtral-CIRT), que depois da abertura do Théâtre des Bouffes du Nord passou a chamar-se Centro Internacional de Criação Teatral (Centre International de Création Théâtral -CICT).

Ele dirigiu inúmeros textos de Shakespeare para o Royal Shakespeare, Peine d’amour perdu (1946), Mesure pour Mesure (1950), Titus Andronicus (1955), O Rei Lear (1962) e Sonho de Uma Noite de Verão (1970).

Marie-Hélène Estienne

Marie-Hélène Estienne trabalha como assistente de Peter Brook em vários projetos e adaptações.Já atuou como jornalista e participou de diversos projetos no teatro e no cinema, como autora ou assistente de produção. Em 1977 foi para o Centro Internacional de Criação Teatral (CICT) e tornou-se assistente de produção de todos os projetos desde então. Foi colaboradora na direção e co-autora do texto em francês com Jean-Claude Carrière da Tragédie d’Hamlet, criada em maio de 2002, entre outras obras.


Serviço – Fragments

Texto: Samuel Beckett
Direção: Peter Brook
Colaboração: Marie-Hélène Estienne

Elenco: Hayley Carmichael, Khalifa Natour e Marcello Magni

Iluminação: Philippe Vialatte

Local – SESC Santana

Av. Luiz Dummont Villares, 579 – Santana – Tel: (11) 2971.8700

Estréia: 3 de julho de 2008

Temporada no SESC Santana 3, 4, 5 e 6 de julho de 2008. Quinta, sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h30.

Duração: 60 minutos

Recomendação: 14 anos

Venda de ingressos: a partir de 27 de junho, às 14h.

Ingressos – R$ 7,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)

- R$ 15,00 (usuário matriculado no sesc, maiores de 60 anos, estudantes e professores da rede publica de ensino)

- R$ 30,00 (inteira)

Informações - SESC Santana
Avenida Luiz Dumont Villares, 579. São Paulo - SP
Horários de funcionamento: de terça a sexta, das 13h às 21h30.

Sábados, das 10h30 às 20h30. Domingos e feriados, das 10h30 às 18h30.
Informações: (11) 2971-8700, www.sescsp.org.br
e-mail: email@santana.sescsp.org.br

Carnes Frescas



se eu andasse
por minhas próprias pernas
e não pelas coletivas
eu jamais as faria passar
pelo açougue da Benjamim